O aluno da Faculdade De Ciências Médicas da Paraíba, Lucas Alverga, fez uma dramático desabafo via Instagram sobre como o Governo da Paraíba está mal preparado para o desafio de enfrentar a pandemia global do coronavírus.

Segundo Lucas, dois colegas de faculdade voltaram da Europa, não ficaram em quarentena, como deveriam, e frequentaram as aulas e frequentaram as aulas do curso de Medicina . “Depois disso, vários alunos da nossa turma desenvolveram sintomatologia condizente com a do CODV-19.”
Mais grave ainda é o que ele revela em seguida:
Ao procurar as autoridades de saúde da Paraíba os testes foram NEGADOS por se tratar de jovens. A mãe de um dos alunos (maior que 60 anos) contraiu a mesma sintomatologia e o teste dela foi NEGADO por não haver “sintomas graves”!
A conclusão que o estudante de Medicina tira desses dois fatos evidencia uma atitude que beira à irresponsabilidade, e pode explicar porque a Paraíba ainda não ter registrado ainda nenhum caso de COVID-19, que só no último sábado matou 368 pessoas na Itália:
O fato de que a Paraíba não tem casos confirmados pode ser simplesmente pela negligência para a confirmação.
A negação de exames para pessoas que são potenciais portadores e, portanto, potenciais transmissores do coronavírus, é também reveladora de outra coisa: a inércia e a apatia que são as marcas do governo João Azevedo no enfrentamento do gravíssimo problema do coronavírus.
Ninguém sabe qual é a estratégia do governador e do seu governo para o enfrentamento desse grande desafio para a saúde pública mundial.
Enfrentamento da Covid-19 deve ser prioridade nº 1 do Governo do Estado
A primeira das decisões a serem tomadas é tornar o enfrentamento da Covid-19 prioridade número 1 do governo, chamando, inclusive, para esse esforço, que é, sobretudo, financeiro, os outros poderes.
E realizar os exames para saber quem é e quem não é portador do coronavírus.
Não sabemos quais medidas de prevenção do governo, nem o motivo pelo qual o governo não tomou a decisão de antecipar as férias das escolas nem proibiu a realização de eventos públicos.
Numa situação grave como a que vivemos, o normal seria que o Secretário de Saúde, Geraldo Medeiros, já tivesse, por exemplo, apresentado um plano para a ampliação dos leitos de UTI, definindo locais próprios espalhados nas cidades-polo do estado para concentrar o tratamento dos pacientes graves.
Além disso, qual a política para as populações mais pobres, só para as que dependem de benefícios sociais, mas para aquelas economicamente desassistidas, vítimas das uberização, que não podem parar de trabalhar.
O que João Azevedo está esperando? Ou o governador e seu governo vão esperar o pior acontecer para agir?em