Monica Bérgamo e Reinaldo Azevedo escreveram ontem em seus respectivos espaços na Folha e no UOL, que a PGR (Procuradoria-Geral da República) investiga a gestão de oito governadores. A PGR suspeita de irregularidades em compras destinadas ao combate à Covid-19.
Entre eles, o governador João Azevedo. As investigações começaram depois de suspeitas de superfaturamento se tornaram públicas e repercutidas pelo G1, entre outros órgãos.
Enquanto a Paraíba toma conhecimento de denúncias de compras de máscaras com preço muito acima do mercado o governo da Paraíba pela mídia nacional, a imprensa local majoritariamente selencia vergonhosamente sobre o caso.
Aliás, parte dessa imprensa deveria ser incluída nas investigações sobre fake news que avançam nacionalmente, porque a prática é recorrente em meio a blogueiros que se fantasiam de jornalistas para fazerem política.
Em março do ano passado, por exemplo, o jornalista Anderson Soares anunciou um “furo” em seu blog. Segundo ele, a partir de “informações exclusivas reveladas ao Blog do Anderson Soares” “o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) realizou operação de busca e apreensão na residência do ex-governador, Ricardo Coutinho (PSB)”
A notícia era tão mentirosa quanto causou polêmica e o Ministério Público Estadual teve que desmenti-la.

Eu mesmo fui vítima da turma do jornalismo de esgoto. O jornalista Fábio Augusto chegou a publicar em seu nlog que o Ministério Público poderia fazer uma busca e apreensão na minha casa (eu moro em apartamento).

É dessa “liberdade de imprensa” que nossos jornalistas falam?
Mas, não é só a imprensa paraibana que fecha os olhos, os ouvidos e tapa a boca sobre as suspeitas de superfaturamento no governo de João Azevedo.
Aliás, não é só essa parte da imprensa caolha que se mantém em silêncio.