Em 2013, eles já estavam lá, ainda que tímidos. Quando começaram as manifestações pela derrubada de Dilma Rousseff, os grupos que defendiam “intervenção militar” eram minoritários, e a imprensa fazia pouco caso deles. Valia o objetivo maior, que era subverter o resultado das urnas.
Esses grupos, entretanto, tornaram-se majoritários porque venceram a eleição presidencial em 2018 com Jair Bolsonaro. Todo fim de semana, quando vão pedir o fechamento do Congresso e do STF, o presidente se confraterniza com eles em Brasília.
Ontem foi um dia carregado de advertências da parte dos grupos bolsonaristas. Primeiro, bandeiras da organização neonazista ucraniana Pravyi Sektor foram expostas na Avenida Paulista. Sara Giromini, mais conhecida como Sara Winter, a mesma que insultou e ameaçou Alexandre de Morais, essa semana, já disse que foi treinada na Ucrânia. O nome de guerra adotado por Sara Giromini (Sara Winter) é uma homenagem a uma conhecida espiã nazista britânica.
Também não por acaso, Jair Bolsonaro bebeu leite em sua live justificando o gesto como uma resposta a um desafio dos produtores brasileiros. Beber leite é um dos atos que os supremacistas brancos dos Estados Unidos utilizam em público.

Enfim, as imagens de que o bolsonarismo caminha a passos largos para a radicalização estão à mostra, e incorporando manifestações cada vez mais identificadas com os neonazistas do hemisfério norte.