O programa Arapuã Verdade realizou uma enquete para prefeito de João Pessoa. O ouvinte ligava e anunciava no ar o nome do candidato.
Obviamente, enquetes com essas características não tem valor científico porque carecem de metodologia e seu resultado, portanto, não representa as opções eleitorais médias da população pessoense.
Mas, a partir delas, pode-se medir a força das candidaturas em meio aos ouvintes da rádio que a promoveu. Por isso, foi tão impactante a vitória de Ricardo Coutinho, que obteve 25% das menções, tendo sido, portanto, a opção de uma entre quatro pessoas que ligaram para o programa.
O resultado impressiona. Trata-se de um feito inquestionável porque mostra que o massacre cotidiano a que o ex-governador foi submetido ao longo dos últimos seis meses pelos apresentadores do programa, entre eles, o ex-secretário de comunicação, Luís Torres, isso sem que ele tivesse como se defender, não afetou significativamente a liderança de Ricardo Coutinho.
Ao contrário, começa a acontecer uma reversão do quadro. Semelhante ao que aconteceu com o ex-presidente Lula, Ricardo Coutinho começa a ser visto como vítima de uma perseguição política, urdida para afastá-lo da política e, no curto prazo, impedir sua eleição à Prefeitura de João Pessoa.
Isso explica porque estamos em julho e nenhuma pesquisa de opinião foi divulgada até agora.
Eu só recomendaria que o ex-governador ficasse alerta. Depois de saber desse fato, eu não me surpreenderia com o anúncio de outra denúncia, das muitas que estão por vir até a eleição.
O que não tem sido de todo negativo para Ricardo Coutinho. Sem provas além das delações premiadas, fica cada vez mais evidente para o povo o tratamento diferenciado e uso político do sistema judiciário contra um cidadão em pleno gozo dos seus direitos.
É esperar para ver.