Até quando tenta criar uma imagem favorável ao seu governo, João Azevedo se benefecia do trabalho realizado pelo seu antecessor, o ex-governador Ricardo Coutinho, responsável por sua eleição. Mas, João Azevedo é pequeno demais para reconhecer isso.
Em postagem de hoje nas redes sociais, o atual governador da Paraíba comemorou o feito de não ter existido até agora fila de espera para leitos de UTI para tratar doentes graves de Covid-19. Isso é uma boa notícia, sem dúvida, mas o João Azevedo bem que poderia ter reconhecido o papel do governo de Ricardo Coutinho.
Não custa lembrar. Ao assumir o governo, em 2011, RC encontrou na rede estadual pública apenas 78 leitos de UTI. Considerando as redes estadual, municipal, federal e privada, a rede estadual de saúde ocupava o terceiro lugar nesse quesito.
Oito anos depois, essa realidade havia mudado radicalmente. O Hospital de Traumas de João Pessoa, por exemplo, deixara de ser uma unidade hospitalar que envergonhava os paraibanos, e se tornara exemplo de eficiência e resolutividade. Vários hospitais foram inaugurados, entre eles o Hospital Metropolitano D. José Maria Pires, uma unidade de referência no tratamento de cardiologia e neurologia. Só no Hospital Metropolitano foram criados 226 leitos, sendo 58 de UTI, além de 11 salas de cirurgia.
Quando deixou o governo, em 2018, Ricardo Coutinho deixou a rede estadual da Paraíba equipada com 281 leitos de UTI e 34 leitos de semi-UTI, o que tornou a rede estadual a maior do estado. Um feito inigualável que só aconteceu na Paraíba.
Portanto, mesmo com todos os problemas do governo João Azevedo na condução do enfrentamento à pandemia do coronavírus, o fato dos paraibanos não terem morrido até agora esperando por antendimento em leitos com respiradores, como acontece em vários estados, está diretamente relacionado com os investimentos públicos realizados durante o governo de Ricardo Coutinho.
João Azevedo poderia reconhecer esse fato. Mas ele é pequeno demais para ter uma atitude generosa como essa.
