Ontem, o Tribunal de Justiça de Goiás arquivou por unanimidade uma denúncia contra o padre Robson de Oliveira Pereira, Basílica de Trindade. O padre foi acusado de lavar dinheiro por meio da Afipe (Associação Filhos do Pai Eterno), que é coordenada por ele, apropriação indébita, organização criminosa, sonegação fiscal e falsidade ideológica.
Todas as acusações partiram do Ministério Público de Goiás e, pelo menos à primeira vista, não parecem ter consistência. Ou foram fruto de investigações mal feitas.
Mesmo assim, o caso foi, como sempre, objeto de grande estardalhaço na imprensa. O Fantástico exibiu uma longa matéria como se o padre Robson fosse culpado por antecipação.
O nome midiático dado à operação (“Vendilhões”) já é, por si só, uma antecipação de julgamento e um duro ataque, tanto à fé do padre quanto aos propósitos de sua ação evangelizadora.
O dilema principal que esse caso revela, a Católicos e não Católicos, é: faz bem ao país e às suas instituições essa sanha acusatória que tomou que tomou conta de parte do Judiciário e do Ministério Público?
Que sentido faz expor pessoas que estão sob investigação à execração pública, que destrói reputações e, em alguns casos, longas histórias de vida? São práticas que não só eticamente questionáveis, elas tambem ajudam a destruir o devido processo legal e o direito que todos têm a um julgamento justo.
E se o padre Robson for inocente?
Por não envolver políticos, espero que o caso do padre Robson nos traga bons ensinamentos a respeito dessas práticas que estão destruindo o país porque estão nos dividindo cada vez mais como povo.