Que Adriano Galdino se prepara para tomar o lugar de João Azevedo a partir do próximo ano, todo mundo desconfia, mas não precisava o sobrinho do o presidente da Assembleia, já antecipadamente reeleito para um mandato de mais dois anos, antecipar os desejos do tio.
Em publicação no Instagram, Arthur Galdino faz a louvação das qualidades do parente, chamando-o de “governador”, um novo ato falho nessa nova Paraíba de desejos subterrâneos, mas incontidos.
Como todo mundo sabe, e Adriano Galdino, claro, mais ainda, há uma investigação contra João Azevedo que avança no STJ. E tem as suspeitas de compras superfaturadas durante a pandemia, pecados estes que estão rendendo processos de impeachment que já levaram ao afastamento do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), enquanto o de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), está muito próximo de sair do cadeira de governador – dois moralistas de ocasião que se elegeram surfando a onda bolsonarista.

É bom que João Azevedo fique atento, afinal, virou costume na Paraíba presidente de poder legislativo municipal dar golpe em prefeito para assumir um mandato para o qual nunca foi eleito.
Vejam os casos de Cabedelo e Bayeux. No Conde, esse tipo de golpe não prosperou porque lá Márcia Lucena tem remédio adequado para golpistas: não faz acordos espúrios e tem o povo ao seu lado.
É nisso que dá preferir as conveniências das acomodações políticas permitem. Elas permitem um governo mais tranquilo, mas quem paga essa conta é o povo. O problema é que, mais dia menos dia, esse monstro te engole.