Quem achava que a nomeação de Augusto Aras, nomeado por Jair Bolsonaro para a Procuradoria-Geral da República, encerraria o partidarismo do Ministério Público Federal, sobretudo enquanto Rodrigo Janot foi o PGR, estava redondamente enganado.
Se antes a atuação da Procuradoria Geral da República era marcada pelo ativismo, pela criação de fatos políticos para desgastar o PT e seus aliados, por vazamentos ilegais que alimentavam a imprensa antipetista, hoje o que se vê é inércia, letargia, a absoluta inação diante dos seguidos crimes cometidos pelo presidente da República.
A última delas foi o vergonhoso parecer emitido pela sub-procuradora, Lindôra Araújo, em uma ação impetrada pelo PT contra o presidente da República pela não utilização e desestímulo do uso de máscaras como proteção para o coronavírus.
Ao invés de agir como se espera de uma procuradora ou promotora, Lindôra Araújo confunde sua função com a de advogada do presidente da República.
Segundo a sub-procuradora escrever em seu parecer:
“Embora seja recomendável e prudente que se exija da população uso de máscara de proteção facial, não há como considerar criminosa a conduta de quem descumpre o preceito”, e ainda que “não é possível comprovar a eficácia da máscara de proteção” escreveu ela.
Um absurdo tão constrangedor que a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) resolveu contestar a colega pelo Twitter.

Lindôra Araújo é responsável pela Operação Calvário no Superior Tribunal de Justiça.