Não se pode dizer que Eva Gouveia não tem coragem e uma dose alta de lealdade.
Assim que tomou conhecimento da posição de Romero Rodrigues, que anunciou em vídeo postado ontem nas redes sociais, seu apoio à candidatura ao governo de Pedro Cunha Lima, a vereadora e secretária de estado tornou pública uma nota em que desautoriza o ex-prefeito de Campina Grande, afirmando que a posição de Romero não representa a posição nacional do partido e que, portanto, foi uma manifestação de cunho pessoal.
Mais arrojada ainda foi a resposta que Eva Gouveia deu ao atual prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima, que retaliou de imediato Eva Gouveia e demitiu João Paulo Freire, aliado da deputada e tesoureiro do PSD, partido de Romero e do próprio Bruno:
“A tirania e o coronelismo de Bruno envergonha o PSD”, retrucou Gouveia, revelando um estilo muito diferente do marido falecido, o ex-deputado federal Rômulo Gouveia.“
E continuou na mesma toada, praticamente expulsando o prefeito de Campina Grande do partido que Rômulo Gouveia ajudou a criar na Paraíba:
“Bruno exonerou o tesoureiro do partido, o administrador da legenda. Ele rompeu com o próprio partido e se ele rompe com o PSD, naturalmente rompe comigo. A vida é feita de escolhas e ele fez a dele. Estou rompida politicamente com Bruno, mas observem, porque ele rompeu com o PSD e então comigo. O que tenho para dizer a ele é que a porta da rua é a serventia da casa.“
Depois de Veneziano Vital avançar para se lançar candidato ao governo e de Romero Rodrigues anunciar apoio a Pedro Cunha Lima, Eva Gouveia fareja a ocupação do espaço deixado e mira a vaga de candidata à vaga de vice na chapa de João Azevedo, que certamente estará reservado à alguém de Campina Grande.
Outra opção é o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino, que, em 2014, segundo relatos que ele gostava de repetir, quase foi vice de Ricardo Coutinho.