Chamou a atenção a postagem abaixo do Instragram.
O dono do perfil, do vídeo e do texto da postagem é Célio Alves, ex-secretário executivo do Orçamento Democrático Estadual, filiado ao PSB de João Azevedo e afastado da função para a campanha eleitoral.
Ele reclama do prefeito de Guarabira, Marcus Diogo de Lima, a quem faz oposição, dos danos provocados por uma inundação, em razão da grande quantidade de chuvas que atingiu Guarabira e que provocou prejuízos as feirantes e comerciantes do mercado público da cidade.
O que a postagem de Célio Alves confirma é que está chovendo muito, não só no brejo paraibano, não é mesmo?
Pois bem, alguém explicaria os motivos para o governador João Azevedo ter decretado, na última quarta (veja cópia do Diário Oficial da Paraíba), SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA por conta de uma “estiagem” – isso mesmo que você leu, “estiagem” – que estaria afetando diversos municípios, entre eles, Guarabira?

O decreto é tão absurdo que não apenas os municípios da região não estão vivendo uma seca, como os reservatórios de água estão chegando rapidamente ao limite de suas capacidades, alguns já sangrando, como são os casos dos açudes Saulo Maia, em Areia, e Lagoa do Matias, em Bananeiras.
Tem mais. A barragens de Pitombeira, em Alagoa Grande, de Araçagi, em Guarabira, estão sangrando. A gigante Nova Câmara, em Alagoa Nova, já chegou aos inéditos 20% , acumulando até agora mais de 5 mi de m3. Todas construídas na governo de Ricardo Coutinho.
Veja a situação hídrica da região

Como o argumento da estiagem não se sustenta em pé (quando o decreto foi publicado já chovia abundantemente na região), o motivo real pode estar na flexibilidade nas compras públicas que o Estado de Emergência permite, como dispensa de licitações.